Quatro portugueses encontram-se atualmente detidos no deserto, após seguirem a bordo da flotilha humanitária. Entre os detidos estão a atriz da TVI, Sofia Aparício, a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e um quarto cidadão português cuja identidade ainda não foi confirmada.
As condições em que os portugueses estão mantidos têm gerado preocupação. De acordo com relatos divulgados nas redes sociais da flotilha, tanto Sofia Aparício como Mariana Mortágua escreveram cartas manuscritas às suas famílias, descrevendo a situação precária que enfrentam.
Na carta enviada por Sofia Aparício, dirigida à sua filha Maria, a atriz relata:
“Maria, estou bem. Não nos tratam bem, nem água ainda nos deram. Para comer, só pimentos crus com iogurte. Fomos postas numa jaula para o ministro dos Negócios Estrangeiros desta terra vir ser filmado como propaganda. Já estamos com a embaixadora de Portugal aqui e espero regressar em breve.”
Já Mariana Mortágua escreveu à mãe, em carta publicada por sua irmã, Joana Mortágua:
“Mãe, estou bem, mas não nos trataram bem, sem comida nem água durante 48 horas.”
As cartas rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando uma onda de solidariedade e aumentando a pressão sobre o governo português para intervir com urgência.
A Embaixada de Portugal no país está já a acompanhar o caso, e a presença da embaixadora junto dos detidos é um sinal de que esforços diplomáticos estão em curso para garantir a libertação e o regresso em segurança dos cidadãos portugueses.