Sexta-feira, Outubro 10, 2025
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“Apontar o dedo é fácil”: Cristina Ferreira defende Liliana e pede compaixão

A apresentadora da TVI, Cristina Ferreira, manifestou-se esta semana no programa “Dois às 10” sobre a polémica que envolve Liliana, concorrente de um reality show da estação, pedindo mais compreensão por parte do público. Para Cristina, o julgamento público está a ultrapassar os limites do aceitável.

“Antes de julgarem, ouçam-na”, pediu a apresentadora, referindo-se à reviravolta emocional protagonizada por Liliana, que se apaixonou por outro participante durante o programa, colocando em causa a relação que mantinha fora do formato.

“Não podemos crucificar uma pessoa por seguir o coração. Ela não cometeu nenhum crime”, afirmou Cristina, visivelmente incomodada com as críticas ferozes que Liliana tem recebido nas redes sociais e nos meios de comunicação. “É muito fácil apontar o dedo quando não se está no lugar do outro. A empatia precisa de falar mais alto.”

A apresentadora salientou ainda que, dentro do ambiente televisivo, tudo ganha proporções maiores e que é importante tentar compreender o que leva alguém a tomar determinadas decisões. “Cá fora, só vemos partes da história. E muitas vezes nem tentamos perceber o que a pessoa está a sentir.”

Apesar de reconhecer que nem todos concordam com a atitude de Liliana, Cristina destacou a importância de não transformar erros pessoais em linchamentos públicos. “Eu própria posso achar que ela errou, que podia ter feito diferente. Mas uma coisa é ter opinião, outra é desumanizar alguém que está em sofrimento.”

Durante o programa, esteve presente o psiquiatra Zé Gameiro, que trouxe uma perspetiva mais clínica sobre o tema. Cristina citou um dos seus exemplos: “Há mulheres com famílias felizes que, inesperadamente, se apaixonam por outra pessoa. Não é sempre racional, e isso pode gerar um sofrimento enorme.”

Cristina concluiu a sua intervenção lembrando que há mais do que uma pessoa a sofrer neste caso. “O Zé — o noivo — está a passar por uma dor que não pediu. Mas ninguém escolhe estar no meio de uma tempestade emocional. Cabe-nos a todos ter mais cuidado com as palavras.”

 

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