No decorrer do jogo, aos 32 minutos, surgiu um lance polémico que deu muito que falar: um possível penálti não assinalado sobre Luis Suárez. A dúvida passou a pairar entre adeptos e especialistas sobre se o defesa José Fonte terá cometido falta no momento do desarme. Para clarificar, três especialistas em arbitragem deram o seu parecer, concordando com a decisão tomada em campo.

Jorge Coroado, antigo árbitro internacional e atualmente comentador de arbitragem, considerou que a decisão do árbitro Gustavo Correia foi correta. Segundo Coroado, José Fonte conseguiu jogar a bola no momento certo, in extremis, e o contacto que aconteceu com Suárez foi mais resultado da velocidade do avançado do que de uma ação faltosa do defesa. Para ele, não existiu qualquer infração que justificasse a marcação de grande penalidade.

José Leirós também validou esta decisão. Para o comentador, o fundamental é que o defesa tenha tocado na bola, e como isso aconteceu, não havia motivo para se assinalar qualquer penálti. A decisão do árbitro, que não viu qualquer falta no lance, foi portanto justificada e dentro das regras do jogo.

Fortunato Azevedo acrescentou que o lance foi perfeitamente legal, sem qualquer motivo para considerar que tenha havido falta. Reforçou a ideia de que o árbitro avaliou corretamente a situação e que a decisão foi “bem ajuizada”.

Este episódio é um bom exemplo do rigor e da complexidade da arbitragem no futebol moderno, especialmente num momento em que o VAR tem papel crucial na revisão de lances decisivos. A precisão e a interpretação das imagens e dos contactos são fundamentais para garantir justiça dentro do campo, e este lance mostrou que, mesmo em situações duvidosas, a decisão foi consensualmente entendida como correta pelos especialistas.

Assim, fica claro que não houve falha na decisão do árbitro nem do VAR, que validaram o lance como legítimo, respeitando o princípio do benefício da dúvida para o defesa e mantendo a integridade do jogo.