Jorge Costa nunca escondeu, ao longo das inúmeras entrevistas que deu, a ligação profunda e especial que mantinha com a sua família. Filho mais novo de uma costureira e de um vendedor de material de construção, era o caçula de cinco irmãos, distinguindo-se desde sempre, não só pelos seus olhos claros, únicos entre todos, mas também pelo seu percurso que levaria o nome da família a todos os cantos do mundo. Primeiro, como futebolista de renome, depois como treinador, Jorge tornou-se uma referência incontornável do futebol português.

Apesar do sucesso que conquistou em campo, Jorge manteve sempre os pés no chão, consciente dos sacrifícios que a vida exige. Recordava com orgulho o momento em que recebeu o seu primeiro ordenado e, sem hesitar, entregou-o por completo aos pais, num gesto que expressava a cumplicidade e o respeito mútuo que sempre marcaram as suas relações familiares.

A morte trágica e súbita de Jorge Costa, aos 53 anos, na última terça-feira, 5 de agosto, representou um golpe devastador para todos aqueles que o amavam. A FLASH! apurou que Dona Maria Adelaide, sua mãe, não suportou a notícia do falecimento do filho e sofreu um episódio de mal-estar, tendo sido hospitalizada para observação. Felizmente, recebeu alta após se confirmar que o problema clínico foi desencadeado pelo choque emocional causado pela perda irreparável.

Dona Maria Adelaide esteve presente nas cerimónias fúnebres realizadas no Estádio do Dragão, no dia seguinte, quarta-feira, 6 de agosto, num último adeus carregado de emoção e saudade. Jorge Costa deixa uma marca eterna não só na sua família, que vive um vazio imenso, mas também em todos aqueles que respiram FC Porto e futebol com paixão. A sua memória continuará viva no coração dos portistas e dos amantes do desporto nacional.