Villas-Boas vence batalha com clã Conceição e garante venda milionária de Francisco para a Juventus

Enquanto Frederico Varandas continua a lutar para defender os interesses do Sporting no dossiê Viktor Gyokeres, há um presidente que já pode ser considerado vencedor da “guerra fria” dos bastidores do futebol português neste verão: André Villas-Boas.

O líder do FC Porto impôs-se nas negociações com o clã Conceição e garantiu a venda de Francisco Conceição à Juventus por um total de 42 milhões de euros — 32 milhões pela transferência direta e mais 10 milhões pelo empréstimo da época passada (sete já previstos no contrato inicial e mais três acionados com a qualificação da Juve para a Liga dos Campeões).

O que torna este negócio ainda mais simbólico é o confronto interno que o antecedeu: o clã Conceição pretendia assegurar os 20% do passe detidos pelo jogador, o que representaria cerca de 6,4 milhões de euros de encaixe pessoal. No entanto, Villas-Boas traçou uma linha firme: não aceitaria perder um euro do negócio a favor de quem, segundo fontes ligadas ao clube, “quis prejudicar o FC Porto”.

A pressão foi máxima e o negócio chegou a estar por um fio. Mas, no fim, foi o jogador — e, por extensão, o próprio Sérgio Conceição — quem recuou, assinando um documento onde abdicava oficialmente dessa percentagem.

A mensagem de Villas-Boas foi clara: o FC Porto está acima de qualquer nome, incluindo o de Sérgio Conceição e do seu filho. Ao blindar os interesses do clube e evitar que dinheiro escapasse para mãos externas, Villas-Boas marcou um ponto político e financeiro de peso logo no arranque do seu mandato.

No xadrez de poder entre presidentes, agentes e famílias influentes do futebol português, Villas-Boas sai reforçado, com autoridade intacta e os cofres cheios.