Rute Cardoso homenageia Diogo Jota e o cunhado na Supertaça: um olhar ao céu no silêncio do luto
O dia 3 de julho de 2025 mudou para sempre a vida de Rute Cardoso e dos seus três filhos. Naquela que deveria ser apenas mais uma viagem entre Portugal e Inglaterra, Diogo Jota perdeu a vida ao volante de um Lamborghini Huracán. Com ele seguia o irmão mais novo, André Silva. Nenhum dos dois sobreviveu.
Quase um mês depois da tragédia que abalou o futebol português, Rute Cardoso apareceu em público pela primeira vez. Fê-lo na noite de quinta-feira, 31 de julho, no Estádio do Algarve, durante a Supertaça Cândido de Oliveira entre Benfica e Sporting, onde a Federação Portuguesa de Futebol prestou homenagem a Diogo e André.
Acompanhada pelos pais dos dois irmãos, Isabel e Joaquim Silva, Rute enfrentou o momento com a força que tem encontrado por e para os seus filhos: Dinis, de quatro anos; Duarte, de dois; e Madalena, com apenas nove meses. Vestida de branco — escolha que tem mantido desde o dia da tragédia — a jovem viúva esteve na tribuna de honra, visivelmente emocionada durante o minuto de silêncio que antecedeu o apito inicial.
De olhos fechados por instantes, Rute permaneceu em recolhimento, e num gesto discreto mas profundamente simbólico, levantou o olhar para o céu. Por breves segundos, tudo à volta pareceu desaparecer. Naquele momento, não havia estádio nem multidão — apenas uma conversa íntima, silenciosa e impossível de descrever, entre quem partiu e quem ficou.
A presença de Rute e da família de Diogo Jota e André Silva trouxe ao relvado uma carga emocional impossível de ignorar. A homenagem da Federação foi simples, mas sentida. E naquela noite de futebol, o resultado pouco importou. Porque a memória de quem já não está continua a ser honrada por quem os ama, todos os dias.