Villas-Boas: “O FC Porto esteve perto de ser vendido a um fundo privado”
André Villas-Boas revelou que o FC Porto esteve à beira do colapso financeiro durante a transição de presidência e garantiu que várias das medidas tomadas pela nova direção evitaram consequências mais graves para o clube.
“Algumas das operações que fizemos salvaram o clube e mantiveram-no como clube de sócios. Caso contrário, provavelmente teria sido vendido a um fundo de investimento ou a um fundo privado”, afirmou o presidente dos dragões, numa intervenção durante um evento promovido pela Columbia Business School, agora divulgada na íntegra.
Villas-Boas recordou o cenário com que se deparou ao assumir a liderança do clube: “Quando entrámos, só tínhamos 8 mil euros em todas as contas e tínhamos duas semanas para apagar 12 milhões de euros. Conseguimos 15 milhões por empréstimos, através de papéis comerciais. Isso salvou as nossas operações na altura e permitiu-nos investir um bocado na equipa”.
Reconhecendo o peso do legado de Pinto da Costa, o dirigente justificou a necessidade de uma mudança estrutural: “Senti que era tempo de modernizar o clube, levá-lo a outro nível e continuar a expansão internacional, ganhando títulos, claro, com uma equipa competitiva”.
Com a maioria dos problemas financeiros resolvidos, Villas-Boas acredita que o clube está agora em melhores condições para enfrentar o futuro: “Finalmente temos as condições financeiras para investir no mercado, porque conseguimos resolver a maior parte dos problemas financeiros”.
Por fim, defendeu a introdução de uma limitação de mandatos na presidência do clube: “Queremos estabelecer um limite de três mandatos, ou seja, um total de 12 anos, o que segue as práticas comuns em qualquer ambiente político saudável. Para isso, teremos de levar o tema a Assembleia Geral e alterar os estatutos”.