Rute Cardoso vive o momento mais devastador da sua vida. Perdeu Diogo Jota — o seu amor de sempre, o pai dos seus três filhos, o seu companheiro incondicional, confidente e apoio diário. A relação, que nasceu nos tempos da escola e amadureceu ao longo dos anos, foi brutalmente interrompida pela tragédia que abalou Portugal e o mundo do futebol no dia 3 de julho.
A história entre os dois começou quando eram ainda adolescentes, com 15 e 16 anos, colegas de turma na escola secundária em Gondomar. O amor floresceu na juventude, mas resistiu ao tempo, às mudanças e aos desafios da vida profissional de Diogo, transformando-se numa relação sólida e profunda. Em 2019, Rute partilhou uma mensagem nas redes sociais que hoje ecoa com ainda mais força, recordando os sete anos de amor e cumplicidade que haviam vivido até então:
“Foi há 7 anos que dois adolescentes começaram a escrever a sua história, ainda nos tempos da escola. (…) Sete anos depois, já tínhamos vivido em três países diferentes, conhecido dez, e continuávamos com o mesmo espírito jovem! Felizes, mesmo com os altos e baixos da vida. Sempre juntos, ultrapassando tudo, de mãos dadas!”
A mensagem terminava com uma promessa que agora ganha um sentido quase profético:
“Sete anos atrás dissemos ‘até que a morte nos separe’, hoje digo: nem a morte conseguirá.”
A relação de Rute e Diogo foi sempre marcada por apoio mútuo. Em 2016, quando o jogador se transferiu para o Atlético de Madrid, o casal decidiu viver junto pela primeira vez. Tinham apenas 19 anos, mas a decisão demonstrava já a maturidade da relação e o compromisso que ambos partilhavam. Rute revelou, na altura, que o seu papel ia muito além do de namorada:
“Sou mais do que namorada. Sou amiga, fã número um, e quero estar sempre ao lado dele.”
Durante toda a carreira de Diogo, Rute foi presença constante. Esteve nos bastidores dos grandes momentos e também nos desafios, sempre ao seu lado, criando com ele um lar e uma família. Juntos, tiveram três filhos: Dinis, Duarte e Mafalda. Casaram-se a 22 de junho de 2025, apenas onze dias antes da tragédia que lhes roubou o futuro que tanto sonharam.
Hoje, Rute enfrenta uma realidade cruel: a de ter que continuar sem o amor da sua vida, com três filhos ainda pequenos para criar, e com a dor de um adeus que chegou demasiado cedo. Mesmo assim, o testemunho do amor que viveu com Diogo Jota continua a comover e a inspirar — prova de uma história rara, feita de amor verdadeiro, cumplicidade e uma promessa que, nas palavras de Rute, “nem a morte conseguirá quebrar”.